Perspectiva histórica  

    Um estudo realizado por Resende, Weber, Bertotti e Agapejev (2008) mostram evidências de que à mais de 2000 anos atrás, os sintomas de acidente vascular cerebral (AVC), foram descritos no livro de Salmo, o chamado livro da Bíblia Hebraica, que encontramos hoje em dia. 

 Salmo 136-137, versículos 5 e 6: "Se eu me esquecer de você, oh Jerusalém, a minha mão direita deve secar, ficar paralisado, soltar a sua capacidade, a sua destreza “.O significado destes Salmos seria a invocação de um castigo, que poderia corresponder a um acidente vascular da artéria cerebral média esquerda, levando a afasia motora com hemiplegia.

Na literatura, o National Institute of Neurological Disorders and Stroke (2011) informa-nos  que o pai da medicina, Hipócrates, 430 a.C., à mais de 2400 anos atrás terá reconhecido e descrito o aparecimento súbito de paralisia como consequência do derrame.

  Wepfer (1620), identificou sinais de sangramento pós-morte nos cérebros de pacientes que morreram de apoplexia. A partir de estudos de autópsia, tomou conhecimento das artérias carótidas e vertebrais que fornecem sangue ao cérebro. Foi um pioneiro ao sugerir que apoplexia, além de ser causado por um sangramento no cérebro, pode ser causado por um bloqueio de uma das principais artérias que fornecem sangue ao cérebro, assim  o AVC passou a fazer parte integrantes das doenças cerebrovasculares (Hickey & Ryan,1997).

dá relato, de uma paciente que apresentou afasia motora e hemiplegia após lesão cerebral frontal inferior esquerdo, Paul Broca (1861). Esta descrição é considerada um marco na história da neurologia, (Resende, Weber, Bertotti & Agapejev, 2008).
    

 

O AVC consiste na oclusão de um vaso sanguíneo de natureza trombótica ou por êmbolos sépticos que interrompe o fluxo de sangue a uma região especifica do cérebro, interferindo com as funções neurologias dependentes da região afectada. O acidente vascular hemorrágico apresenta uma hemorragia local, aumento de pressão e edema cerebral. Pode-se ter originado num traumatismo craniano. Em todos os casos, o tamanho e a localização da área afectada, que deixa de ser irrigada, vão determinar a gravidade da doença e o seu prognóstico. Se a lesão for de grandes dimensões, a morte pode ser iminente, ou ficarem danificadas diversas funções orgânicas; se a obstrução for parcial, o comprometimento de certas funções é pequeno e a sua recuperação é quase completa. (Chaves, A. J. L. 2006)

 

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