Tratamento

Apesar de cada caso ser um caso, não podemos esquecer que o tratamento surge como uma urgência. No entanto em todos os seus aspectos deverá ser precoce, de modo a se obter melhores resultados.

    No que diz respeito à terapêutica médico-farmacológica, Carrol e Brown (2000), enfatizam: os anti-hipertensores que actuam sobre o coração e os vasos sanguíneos de modo a controlar a tensão arterial; os anticoagulantes, que impedem a formação de coágulos, estabilizam os existentes e evitam que fragmentos de coágulos se separem e bloqueiem um vaso sanguíneo; os antiagregantes plaquetários, que reduzem a viscosidade das plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue; os medicamentos trombolíticos, recomendados pela American Heart Association (2011), que dissolvem os coágulos que se tenham formado e que estejam a bloquear algum vaso sanguíneo; e, os medicamentos redutores de lípidos, que reduzem as gorduras acumuladas no sangue que por sua vez formam placas nas artérias. 

    O imprescindível será iniciar, o quanto antes, as terapias reabilitadoras, como a Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Terapia da Fala, tratamento psicológico e/ou psiquiátrico entre outras, com a finalidade de recuperação ao inverso da instalação de sequelas neurológicas permanentes (Assencio-Ferreira, 2003). 

    Muitas outras terapias alternativas surgem aliadas ao tratamento do paciente após um AVC: a acupunctura, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (1979), uma vez que estimula os pontos reflexos, que por sua vez possibilita acesso directo ao Sistema Nervoso Central (Lianza, 2001); o tratamento por moxabustão, onde o calor resultante deste processo produz estímulos que regularizam as funções fisiológicas do corpo (Wembu, 1993); e, a equoterapia, uma vez que visa à reabilitação física e mental de pessoas portadoras de necessidades especiais, dificuldades ou deficiências físicas, mentais e/ou psicológicas, contribuindo para uma modulação do tónus muscular, coordenação, equilíbrio (Kucek & Ferrari, 2004), melhora da força muscular, diminuição da rigidez articular (Ande, 2000) e ainda para uma maior independência funcional dos praticantes.